A obra é idealizada e encenada pela atriz carioca Ana Carbatti, que foi indicada
ao Prêmio Shell e ao APTR pelo papel.
A CAIXA Cultural Fortaleza apresenta, de 1° a 10 de novembro, o espetáculo Ninguém Sabe meu Nome, monólogo com a atriz carioca Ana Carbatti, indicada ao Prêmio Shell e ao APTR pelo papel. A direção é de Inez Viana e Isabel Cavalcanti. Os ingressos estarão à venda a partir do dia 25 de outubro na bilheteria do espaço e custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia – incluídos clientes CAIXA). Na sexta-feira (1º), a sessão é gratuita para quem for cliente da CAIXA.
A peça tem como ponto de partida o dilema de uma mãe preta ao falar sobre o racismo com o filho. Em cena, a atriz se multiplica em muitas vozes e corpos para trazer ao palco reflexões sobre os códigos racistas já implícitos em nossa sociedade, bem como seus impasses, impactos e possíveis propostas de reparação.
Idealizada por Ana Carbatti, que assina a dramaturgia com Mônica Santana, a peça estreou em junho de 2022 e foi aclamada por público e crítica. Já circulou por dez cidades do estado do Rio de Janeiro, por Belo Horizonte (MG), Passo Fundo (RS), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Por meio do patrocínio da CAIXA, passou por Curitiba (PR), chega em novembro a Fortaleza (CE) e, em seguida, Salvador (BA).
Para a diretora Isabel Cavalcanti, é urgente falar sobre o racismo no Brasil e sobre a violência sofrida pelas pessoas pretas, que compõem a maioria da população do Brasil. “É fundamental repensar a história brasileira e promover esse debate no teatro, onde ainda é possível estabelecer um diálogo amoroso”, declara.
A peça
Tudo começa quando a personagem acorda de um pesadelo onde ocorre o desaparecimento do menino. A partir daí, começa a questionar sua própria existência e sua função na sociedade, como mulher e mãe. Em uma conversa íntima com o público, ela discorre sobre suas principais angústias, medos e esperanças, falando através de todos os seus sentidos. Usando o humor, a peça provoca engajamento e empatia e procura conscientizar o público da dívida histórica que se tem para com a população preta e a necessidade de reparação.
Atividades paralelas
Além da apresentação da peça, a circulação do projeto inclui duas atividades. No sábado (9), às 16h, acontece o debate "CO-VÍTIMA - uma questão de saúde pública", que consiste em uma conversa sobre os impactos do racismo a partir da perspectiva territorial. A atividade será realizada no teatro, com acesso gratuito. No sábado anterior (2), haverá um bate-papo com Ana Carbatti e a plateia logo após a apresentação, com acessibilidade.
Já no domingo (3), a atriz conduzirá a oficina “Meu corpo: ação e emoção teatral”, que parte da exploração cênica de experiências físicas e vivências pessoais dos participantes para a construção da cena. Ela será voltada para adultos e jovens a partir de 17 anos, com ou sem experiência teatral. A atividade acontece às 13h, na sala de oficinas e a inscrição pode ser feita através do formulário disponível no site da CAIXA Cultural Fortaleza.
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